04 agosto 2008

Alguns anos depois...

Dezembro de 2004. Vamos considerar essa a data em que deixei meu derradeiro post no antigo (e saudoso) Calcinhas, falando de "roupas de dormir" (que assunto!). Lá se vão três anos e meio, alguns quilos e celulites a mais, uns cinco socos no estômago e umas três cicatrizes por dentro, uma mudança de casa, dois sobrinhos, um meio-casamento e uma separação por inteiro, algumas insanidades, muitos erros e alguns acertos, muitas risadas, alguns novos amigos, outros sonhos, um problema na coluna e novos projetos... e o fato de ter virado a casa dos 3.0 solteira.

Quando eu tinha 15 anos achava que a essa altura do campeonato estaria casada e grávida, assim como muitas das minhas amigas desta época, mas olha só: a maioria das minhas amigas de HOJE, estão no mesmo barco: solteiras, sem filhos, e muito bem, obrigada. OBRIGADA!

Seria essa uma revolução da nossa geração? Vejo que as calcinhas trintinhas de hoje (não mais trintonas, atenção...) não estão mais se preocupando muito com essa questão tradicional de casar, conforme o figurino, com um homem distinto (!) e viver em função disso, sendo isso a definição de felicidade que para muitas delas, antigamente, era.

Nós sabemos o que queremos, e principalmente, o que NÃO queremos. Eu posso afirmar que hoje estou melhor do que antes. Para a frente e avante, sempre. Meu espaço que antes era dividido, hoje é totalmente preenchido comigo mesma. Não é egoísmo. Há tempo para tudo e todos, mas o meu, esse nunca vai perder o seu lugar.

The point is: nós calcinhas trintinhas e solteirinhas queremos nos divertir também. Não acredito no príncipe encantado e no amor eterno, mas no namorado-amigo que é, sobretudo, companheiro e nos dá força para seguir adiante. Muitos dos rapazes acham que temos ainda, dentro de nós, aquele conceito de que felicidade é uma casinha no campo (ou na praia, sei lá) com um principe encantado e varias criancinhas lindas correndo ao nosso redor. E ficam receosos de que, no dia seguinte, cobremos uma ligação com uma declaração de amor, rosas vermelhas e um pedido de casamento. Atenção cuecas, na maioria das vezes, não queremos nada de vocês. Um pouco de diversão e um bálsamo para as nossas carências, é isso aí, e só. A gente sabe separar o joio do trigo, sim. Mas tem que ser uma diversão com respeito e consideração (o que muitos deles, infelizmente, acabam não tendo no final das contas). Nem vou postar estas histórias aqui, elas são tão infames que nem valem a pena gastar nosso teclado, tempo e energia com elas.

Então vamos curtir, vamos aproveitar, vamos beber e rir das nossas próprias piadas, até que esse coraçãozinho fdp me nocauteie de novo.

Um brinde!

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